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domingo, 4 de março de 2012

Mãe é mãe: mentira!


Vamos esclarecer alguns pontos sobre mães, ok? Desconstruir alguns mitos. Não, não precisa se preocupar! Não é nada ofensivo, eu também sou mãe... e avó! Vamos lá: 
Mãe é mãe: mentira! Mãe foi mãe, mas já faz um tempão! Agora, mãe é um monte de coisas: é atleta, atriz, é superstar. Mãe, agora, é pediatra, psicóloga, motorista. Também é cozinheira e lavadeira. Pode ser política, até ditadora, não tem outro jeito. Mãe, às vezes, também é pai. Sustenta a casa, toma conta de tudo, está jogando um bolão. 
Mãe pode ser irmã: empresta roupa, vai a shows de rock, para desespero de algumas filhas, entra na briga por um namorado. Mãe é avó! (oba, esse é o meu departamento!): moderníssima, antenadíssima, não fica mais em cadeira de balanço, se quiser também namora, trabalha, adora dançar. Mãe pode ser destaque de escola de samba, guarda de trânsito, campeã de aeróbica, mergulhadora. Só não é santa, a não ser que você acredite em milagres. Mãe já foi mãe, agora é mãe também. Mãe é uma só: mentira! 
Sabe por quê? Claro que sabe! 
Toda criança tem uma avó que participa, dá colo, está lá quando é preciso. De certa forma, tem duas mães. Tem aquela moça, a babá, que mima, brinca, cuida. Uma mãe de reserva, que fica no banco, mas tem os seus dias de titular. E outras mulheres que prestam uma ajuda valiosa. Uma médica que salva uma vida, uma fisioterapeuta que corrige uma deficiência, uma advogada que liberta um inocente, todas são um pouco mães. Até a maga do feminismo, Camille Paglia, que só conheceu instinto maternal por fotografia, admitiu uma vez que lecionar não deixa de ser uma forma de exercer a maternidade. O certo então, seria dizer: mãe, todos têm pelo menos uma. 
Ser mãe é padecer no paraíso: mentira! Estamos falando da vida real, que é ótima, muitas vezes, e aborrecida outras tantas. 
Maternidade é a missão de toda mulher: mentira! Maternidade não é serviço militar obrigatório. Como já disse o Vinicius: filhos, melhor não tê-los, mas se não tê-los,como sabê-los? Vinicius era homem e tinha as mesmas dúvidas. Não tê-los não é o problema, o problema é descartar essa experiência. Como eu preferi não deixar nada pendente pra a próxima encarnação, vivi e estou vivendo tudo o que eu acho que vale a pena, que é pequena, mas tem bastante espaço!. 
Mas acredito piamente que uma mulher pode perfeitamente ser feliz sem filhos, assim como uma mãe padrão, dessas que têm umas seis crianças na barra da saia, pode ser feliz sem nunca ter conhecido Paris, sem nunca ter mergulhado no Caribe, sem nunca ter lido um poema de Fernando Pessoa.


Mamãe, eu quero: verdade! Você pode não querer ser uma, mas não conheço ninguém que não queira a sua. 

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